Não se sabe ao certo, quando surgiu e quem criou o Handsurf, muito menos as pranchas de Handsurf. No Havaí no ano de 1960. Surgiu o Capitão James Cook, que criou um dispositivo, mais leve e compacto de fácil manobralidade e radicalidade de estilos, pode ter saído daí a idéia do Handsurf, uma pranchinha de mão de 90cm, feita de madeira com duas quilhas nas extremidades da parte inferior, que na época era chamada de Rocket.
Na década de 80, no Rio de Janeiro a moda era comprar prancha de isopor no supermercado e corre para praia para pegar um jacaré. Mais infelismente, com pouco tempo as alegrias boiavam em pedaços, elas quebravam facilmente não tinha jeito. A maneira era colocar um dos pedaços na mão pra continuar no mar, surgia no Brasil o "Handsurf" uma nova modalidade do surf com as mãos, em toda a evolução no mundo do handsurf da época só existia pranchinha de mão de madeira ou de plástico rigído.
Em Maceió o Handsurf também conhecido por "Jacaré", não era diferente, tinha as pranchinhas de mão e isopor e usando um outro acessorio chamado de "pé de pato", que antigamente só usava um só pé.
Com a evolução do Handsurf o atleta é obrigado usar o par de madeiras, o tradicional "pé de pato" para desenvolver mais velocidade e radicalidade nas manobras. Ainda hoje existem pranchas de madeiras e plástico rigído mais com perfeita forma de Shaper.
A evolução das pranchas de Handsurf (Palmar), Maceió - Alagoas foi o pioneiro no desenvolvimento de uma prancha de mão com a mesma semelhança da prancha de surf, que atualmente é fabricada com a mesma matéria prima da prancha de surf tradicional, com dimensões entre 50 cm à 1m. Tendo duas cordinhas para fixar uma das mãos. Os modelos são diversos tamanho, shaper e pinturas.
REGISTRO DE UM SONHO ANO 2001
A procura de patrocínio
O Handsurf surgiu ha mais ou menos 20 anos, nas praias de Maceió-Rainha/Jatiuca. Ricardo, mais conhecido como (Índio), virou uma lenda em alagoas, um jovem de origem humilde, sonhava em se profissionalizar como um grande atleta. Tudo começou na base da molecagem. Sivory, Bel, Léo e o criador Ricardo *Índio* bincavam de jacaré, quem pegava mais rápido, nessa época eles incrementavam a atividade com um pedaço de acrílico ou madeira, feito em forma de ferro de passar roupa, onde pudessem apoiar nas mãos em contato com onda ganhavam velocidade, manobras. Logo depois, Ricardo chegou com algo inovador, um pedaço de bico de prancha bem trabalhado, ai começou a era do PALMAR, ele foi ganhando line/pintura/bordas/rabeta e tudo que uma prancha de surf tem. As manobras foram evoluindo novos estilos sendo criados. Nessa época, Bel e Léo, tinham cabelos longos, e eu ainda pegava onda com acrílico. Foi quando 4 colegas e eu saímos do mar pra ver os dois surfando, eles estavam no Rainha, a magia que eles faziam nas ondas com um simples PALMAR nas mãos, o desafio, a adrenalina, o respeito, empolgava a todos. A galera do surf, das (pranchas) se amarraram... é super radical! Até hoje se pergunta como nós conseguimos realizar tudo isso. Bem, Bel e Léo estavam no mar e deram um show de estilo e manobras. Já tentei surfar de prancha e bodyboard mas, não deu. Eu sou um cara que busca desafios com respeito e responsabilidade, e não abro mão do meu handsurf, já são 17 anos. Bel, Léo, Sivory e Ricardo são da primeira geração e eu já pertenço a segunda. O handsurf me faz bem, me faz acreditar e realizar muita coisa. O contato e respeito ao mar, a natureza, é sagrado. Meu projeto é mostrar ao mundo que todos nós somos capazes, e que o handsurf venha divertir e ajudar muita gente. O handsurf me faz chorar de emoção, um pouco que fazemos e conseguimos agradar pelo menos um, dois, três... hoje já somos 50, amanhã será 100 e assim criamos um sistema e grandes vencedores. Muita gente ainda não ouviu falar deste esporte por ai, inovador, diferente, radical e mágico, por isso queremos a chance de mostra-lo através de algum patrocinador que esteja interessado nessa descoberta. Todos os que acompanham o surf desde os anos 70 sabem do esforço feito para que o surf de prancha e bodyboard chegassem a ser o que representam hoje. O Brasil possui atletas de destaque nesta modalidade em nível mundial. Mas é uma pena constatar também o descaso dado a outas modalidades do esporte. Não vamos desistir. Nossa equipe almeja a profissionalização deste esporte, tornando comum a sua pratica em diversos pontos do mundo onde houver onda e buscando novos adeptos. Para iniciar este projeto, almejamos a organização de campeonatos em diversos estados, trazendo handsurfistas de Maceió e do Rio de Janeiro. Para fixar e manter em funcionamento esta atividade esportiva pretendemos fundar outras associações e formar varias equipes capazes disputar campeonatos não só locais, mas nacionais e internacionais. Nunca tivemos uma divulgação fora de Maceíó, mas já demos um grande passo, 2001, ficamos 4 dias em Fernando de Noronha, conseguimos efetuar uma filmagem, algumas fotos, sem muita qualidade mas é um registro. Foi show, pegamos muito tubo, e por sinal diz a lenda dos nativos que quem beber água da cacimba do padre, sempre retorna, já tive o prazer de morar por um ano lá. Conheci todo ciclo do mar e picos. Foi quando me organizei e somei novos adeptos na ilha, a galera se amarrou, estamos trabalhando para criação de uma associação. E em março deste ano de 2005 conseguimos realizar nova demonstração no período de 10 dias em Noronha, logo depois do Mundial Hangloose, pegamos um mar grande e cavernoso. Conseguimos divulgar para Bande Recife, TV Golfinho e Record. A apresentadora Maria Cândido preparou uma matéria para um programa inédito incluindo o Handsurf no Domingo Espetacular. Todos nós choramos de emoção. Parece que estamos começando a colher bons frutos. Já temos um calendário para esse ano: 2 etapas em Maceió classicando 8 pra correr em Noronha em 2006. Não é fácil sem patrocínio, nossa divulgação ainda não está 100%, conseguimos apoio, mas ainda tivemos que tirar muito do nosso bolso. Mas já colocamos em nosso calendário e vamos realizar. A equipe que encabeça este projeto, encarregada de divulgar e promover o Handsurf é composta pelos seguintes atletas: Basto / Bel / Léo e Sivory, junto a Nedda de Luna que preside a associação de Maceió. Há Barreiras em relação a divulgação do Handsurf, como há em quase tudo de novo que aparece para ocupar um determinado espaço. O desconhecido assusta e muita gente prefere ficar com o que já conhece. Entretanto, está comprovado em estado como Alagoas e Rio de Janeiro, onde há muitos adeptos e existência de associações, que o esporte é viável, É uma atividade que mexe tanto com adrenalina quanto as outras modalidades do surf.
Para praticar é necessário um par de pés-de-pato, a roupa adequada (bermuda e colete) e o PALMAR - (prancha de mão). O esporte é super viável e barato.